O álbum Crash Talk de Schoolboy Q é uma mistura de trap e hip-hop clássico, com batidas pesadas e letras introspectivas. O rapper de Los Angeles retorna com um som que reflete sua jornada na vida real, misturando histórias pessoais com o que parece ser um desabafo da mudança de estilo de vida e das batalhas pessoais e emocionais que ele tem enfrentado.

O álbum começa com a faixa Gang Gang, que apresenta uma batida que apela para o público do hip-hop mais comercial. O som é pesado e as letras se concentram em sua jornada, com Q falando sobre suas experiências em “surfar” nas ruas de Los Angeles. A segunda faixa, Tales, apresenta uma batida menos comercial, mas ainda assim pesada, com Q descrevendo suas lutas em sua jornada de vida, enfrentando o sucesso e lidando com a morte de seus amigos.

A terceira faixa, CHopstix, apresenta uma colaboração com o artista Travis Scott. A música tem uma batida animada e uma letra que fala sobre excessos e exageros em uma vida de festas e fama. A música tem um ritmo cativante, mas o verso de Travis Scott pode ser considerado um tanto inapropriado no contexto da faixa.

A quarta faixa, Num Num Juice, é definitivamente um dos destaques do álbum. A música tem uma batida pesada e letras técnicas que refletem a habilidade de Schoolboy Q em rimas cativantes. A faixa é uma das melhores e mais animadas do álbum, deixando uma marca duradoura no ouvinte.

A quinta faixa, Drunk, apresenta uma colaboração com 6LACK. A letra é introspectiva e fala sobre as lutas pessoais de Schoolboy Q e seu autoquestionamento no contexto de uma vida cheia de fama e excessos. A música tem uma batida mais lenta e sombria, mas ainda assim atrai o ouvinte.

A sexta faixa, Lies, é uma faixa menos marcante, mas ainda assim tem uma batida pesada e letras introspectivas. A música é mais sombria e o ritmo é mais lento, com Q falando sobre as lutas pessoais em sua jornada, a culpa e o arrependimento que ele enfrenta.

A sétima faixa, 5200, é uma faixa mais agressiva, com uma batida pesada e letras que seguem um estilo mais clássico. A colaboração com a artista-membro da TDE, Ab-Soul, é bem-vinda, e sua parte é forte e técnica. A música é uma das melhores do álbum e mostra o talento de Schoolboy Q para construir uma batida poderosa.

A oitava faixa, Black Folk, é uma faixa introspectiva, com uma batida lenta e sombria. A letra fala do racismo e preconceito que Schoolboy Q enfrentou em sua vida, bem como a dificuldade em lidar com essas questões. É uma das faixas mais poderosas do álbum e mostra como a música pode falar de questões sociais importantes.

A nona faixa, Floating, é uma faixa mais comercial, com uma batida mais animada e letras que falam de excessos e orgulho. O rapper 21 Savage colabora na música, mas sua parte é relativamente pequena. A faixa é cativante, mas não se destaca muito em relação às outras do álbum.

A décima faixa, Dangerous, é outra faixa em que Q colabora com Travis Scott. A música tem uma batida forte e cativante e é uma das mais comerciais do álbum. As letras falam de excessos e de viver no limite. É uma faixa sólida, mas sente-se que existe uma falta de originalidade no que é apresentado.

A penúltima faixa, Die Wit Em, é outra das melhores e mais animadas do álbum. A música tem uma batida pesada e letras que mostram o talento de Schoolboy Q para rimas animadas e técnicas. É uma faixa poderosa e cativante.

Finalmente, o álbum termina com a faixa Crash. A música tem uma batida mais sombria e letras introspectivas, uma reflexão sobre a vida de líderes lendários do hip-hop e de suas próprias lutas pessoais. A faixa é uma conclusão adequada para o álbum e mostra como Q cresceu e amadureceu em sua jornada.

Como um todo, Crash Talk é um álbum sólido de Schoolboy Q, mas não é necessariamente o álbum mais marcante de sua carreira. O álbum tem uma mistura de faixas comerciais e de batidas pesadas e introspectivas, mas falta um elemento de inovação. No entanto, os destaques do álbum são poderosos e cativantes, com Schoolboy Q mostrando o seu talento para o hip-hop clássico.